Brincar com a comida: como o Paperboyo mantém um conceito moderno

"A razão pela qual gosto tanto do que faço é porque segui todas as coisas que me despertavam curiosidade até o encontrar", explica Rich McCor. "Para mim, foi assim que captei o mundo à minha volta de uma forma diferente e imaginativa que nunca tinha visto antes, tendo ao mesmo tempo a oportunidade de explorar a minha cidade natal, Londres."

Para Rich, o artista britânico responsável pela popular página Paperboyo no Instagram, combinar o seu passatempo de fotografia com artesanato em papel foi inicialmente uma forma de produzir conteúdo original que despertou a sua própria imaginação. Alguns dos seus trabalhos mais icónicos envolveram segurar recortes de papel preto contra marcos históricos de Londres para criar ilusões inteligentes.

"Foi durante a época dos selfie sticks e quando os feeds do Instagram se começaram a tornar todos iguais", afirma Rich. "A minha intenção era evitar clichés e em alternativa encontrar um estilo distinto, por isso experimentei diferentes variações do meu artesanato em papel."

Mais de meia década depois e o trabalho de Rich transformou-se de um passatempo numa carreira em expansão. Lançou um livro intitulado "Around the World in Cut-Outs", colaborou com marcas de renome como a Disney® e desfruta de um estilo de vida que, antes de 2020, lhe permitia viajar pelo mundo.

Refletindo sobre o seu sucesso, Rich exclama: "O que começou como um pequeno passatempo ao entardecer e ao fim de semana tornou-se numa carreira que me levou pelo mundo, fazendo da diversão a minha profissão."

Agora, com quase meio milhão de seguidores no Instagram, Rich está a levar as suas invenções ao nível seguinte. O seu projeto mais recente permitiu-lhe expressar a sua criatividade com a Canon SELPHY Square QX10, introduzindo impressões de personagens de desenhos animados num tema inspirado em comida, juntamente com uma grande dose de originalidade ao estilo Paperboyo.

Rich sabia que a Canon SELPHY Square QX10 podia produzir fotografias vibrantes, mas queria experimentar a ilustração para alcançar cores que realmente se destacassem. Rich ilustrou as suas animações utilizando o Adobe® Photoshop® antes de aplicar um fundo de fotografia de banco de imagens, exportando-as para o seu smartphone e imprimindo remotamente utilizando a aplicação SELPHY Photo Layout.

"As restrições de 2020 obrigaram o meu trabalho e os ambientes em que crio imagens a evoluir", afirma Rich. Desejoso de encontrar formas de continuar a exercitar a sua criatividade, voltou a sua atenção para o seu ambiente doméstico. "Em vez de criar imagens com pontos de referência e paisagens, tenho feito experiências com a minha tábua de cortar de cozinha ou na minha secretária. Gradualmente, os meus designs tornaram-se mais complexos – fazia sentido levar as minhas silhuetas ainda mais longe e utilizar as minhas competências de ilustração, adicionando cor e mais detalhes às minhas personagens."

Referindo-se a um limão que substitui uma bola de ténis e a um tomate que substitui uma luva de boxe em duas curtas metragens de animação recentes, Rich afirma: "Quando fui desafiado a ser criativo com comida, interpretei isso imediatamente como "brincar com comida", o que me levou a pensar no desporto e na forma como poderia utilizar comida para substituir o equipamento desportivo."

A inspiração para este desafio em particular também surgiu sob a forma de uma pastilha elástica a rebentar no rosto de uma personagem e padrões de espuma de café que se pareciam com uma chama, que foi então colocada ao lado de vibrantes impressões de um dragão e um cavaleiro em formato quadrado de 68 mm. "Pego em algo reconhecível e adiciono um toque criativo para surpreender o espetador", afirma. "Avancei para as animações e mudei o meu ambiente, mas o conceito de transformação criativa está sempre no centro do meu trabalho."

Rich sabe que precisa de continuar a experimentar coisas novas para manter o sucesso que encontrou com o Paperboyo, mesmo que cometa erros ao longo do caminho. "Penso que é importante que os aspirantes a artistas e criadores saibam que muitas falhas, erros e má arte levam a coisas boas", afirma. "Por cada boa ideia, tive pelo menos dez más ideias que aperfeiçoei até que me surgisse a faísca que me levou à ideia melhor."

Ter paixão pela sua arte também ajuda a preencher o seu feed com fotografias que o público adora e das quais pretende comprar impressões. "É frequente ser-me perguntado "Como posso ser conhecido no Instagram?" e penso que essa é a pergunta errada. Deveria ser "Como encontro algo que adoro?", porque foi assim que consegui fazer da minha página um sucesso.

"É uma transição estranha passar de ter um pequeno passatempo que é inteiramente nosso, onde somos responsáveis por todos os fracassos mas também somos responsáveis por todos os sucessos, para ter um passatempo que se transforma numa carreira em que se temos de deixar as opiniões de outras pessoas formar o conteúdo", continua Rich. "Mantenho o público envolvido porque consegui evoluir e encontrar novas direções para onde o levar e, mais uma vez, isso acontece porque ainda adoro o que faço e continuo entusiasmado em encontrar e criar conteúdo único."


Escrito por Lorna Dockerill